Personalidades
Augusto Izanhole
Na Praça José Gomes Pereira, onde hoje está a Copasa/MG, pertencia à família do Sr. Augusto Izanhole. Ele mantinha oficina e ferraria, onde reparava vários tipos de peças, inclusive para caminhões. Ele tinha um caminhão Chevrolet, no qual fazia seus carretos com carvão, vindo de Casa Grande, para levar à Usina de Gagé; e transportava passageiros, como: times de futebol, banda de música, etc. Chegaram a fazer uma viagem até Santos Dumont, transportando o Christianense Foot Ball Club, dentre outras para várias localidades.
Certa vez, o Sr. Augusto Izanhole, vindo de Casa Grande, com o caminhão carregado de carvão, tendo o Sr. Décio Vieira como seu ajudante, ao passar perto da propriedade do Sr. Eliezer, perdeu o controle de seu caminhão, pois acabaram-se os freios. O caminhão tombou, e o Décio misturou-se com o carvão, ficando difícil de se ver o que era carvão ou o que era o Décio. Ele teve tanta sorte que só quebrou uma perna.
Antonio José da Costa
Antonio José da Costa viveu da metade do Século XIX até o princípio do Século XX. Era um fazendeiro bem sucedido, morava em um casarão, que mais tarde viria a ser de Gabriel Baêta, e, finalmente, de Manoel de Oliveira Dutra (Sr. Lilico).
Ele era da família do Sr. Marciano Costa, e atendia o povo, com receitas médicas e remédios, sendo chamado, na época, de “charlatão”, que era como se denominavam aqueles que receitavam medicamentos, sem serem formados em medicina. Em uma construção de pau-a-pique ligada a um paiol de milho, do casarão, vivia uma benzedeira, de nome Camila.
O Sr. Antonio Fernandes Costa, que foi maestro da nossa banda de música era filho de Antonio José da Costa, que foi também o doador do terreno para a construção da Capela de Santo Antonio, quando a antiga Capela de Nossa Senhora da Guia estava em ruínas, e então, Santo Antonio passou a ser o Padroeiro de Cristiano Otoni, atendendo a um pedido dele.
Para quem não o conheceu, publicamos sua foto acima, e a rua onde ele morou hoje tem o seu nome.
Colaboração: Antonio Carlos Costa Vieira (Dequinha)
Christiano Benedicto Ottoni
Christiano Benedicto Ottoni, considerado o "Pai das Estradas de Ferro do Brasil", foi Diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II (depois Central do Brasil) de 1855 a 13-12-1865, quando pediu e obteve sua exoneração. Quatro dias depois, foi inaugurado o "Túnel Grande" com a presença da Princesa Isabel e do Conde D'Eu, seu marido. Esta obra custou na época cerca de 3 mil Contos de Réis, sendo a obra de arte mais importante da Ferrovia.
Christiano Benedicto Ottoni nasceu na então Província das Minas Gerais, na Vila do Príncipe, hoje Serro, em 30-05-1811. Durante o Império fez parte do Conselho de Ministros. Foi o fundador e o primeiro Diretor da E.F. D. Pedro II, Deputado Federal e Senador da República. Faleceu em 1906, aos 95 anos de idade. Foi homenageado ainda em vida, em 1883, com a Estação que leva seu nome, onde se iniciou o povoado, depois Distrito e Município de Cristiano Otoni.
O aspecto da personalidade profissional de Ottoni, no qual triunfou, foi o de pioneiro, quando concebeu e construiu uma obra técnica admirável e perfeita, apesar da precariedade dos meios de que dispunha e da oposição, da desconfiança e do menosprezo de alguns de seus contemporâneos. Christiano Benedicto Ottoni deixou com a glória de seu nome o exemplo de uma existência utilíssima consagrada ao serviço do país.
Fonte: ANPF – Associação Nacional de Preservação Ferroviária - www.anpf.com.br